Quem Somos

A Etec “Getúlio Vargas”, iniciou suas atividades em 28/09/1911, na Rua Muller, no bairro do Brás, como Escola Profissional Masculina durante o Governo Estadual de Albuquerque Lins e na presidência do Marechal Hermes da Fonseca. Em 1914, formava-se a primeira turma de concluintes. Durante aquele momento histórico, São Paulo contava aproximadamente com 500 mil habitantes e deixava de ser um Estado apenas agrícola e iniciava seu processo de industrialização.

Entre 1915 e 1930, acompanhando as necessidades provenientes do desenvolvimento urbano e industrial, a escola qualifica profissionais em sua maioria, para o ramo metal-mecânica. Em 1917, a escola é transferida para a Rua Piratininga, nº 105 no mesmo bairro do Brás. Nesse mesmo ano, em virtude de uma epidemia de gripe foi obrigada a paralisar suas atividades educacionais por algum tempo, transformando-se em um hospital.

No ano de 1931 foram criados cursos especializados para a formação de mestres, selecionados entre os melhores alunos, e, em 1932 realizou-se a primeira Exposição Anual, evento este mantido até os dias de hoje. Em pouco tempo, a escola tornou-se uma instituição de projeção nacional, devido à formação de profissionais de indiscutível competência e de alguns itens de sua produção, como por exemplo o primeiro automóvel brasileiro, conhecido como “A baratinha” em 1917. Para a Revolução Constitucionalista de 1932, a escola também fornecia caldeirões e granadas, que depois recebiam carga explosiva no Departamento de Química da Escola Politécnica.

O presidente Getúlio Vargas, que já havia tido sua atenção despertada para a escola, devido a participação na exposição comemorativa do Centenário da Revolução Farroupilha, em Porto Alegre, visitou-a duas vezes – em 1940 e 1941, em decorrência disso no último ano para homenageá-lo, a escola teve seu nome mudado para Escola Técnica Getúlio Vargas.

Acompanhando as variações normativas na organização do ensino profissional do ano em que foi criada até 1965 a instituição mudou de nome diversas vezes:

· 1931 – Escola Profissional Masculina
· 1932 – Instituto Profissional Masculino
· 1940 – Escola Técnica de São Paulo
· 1941 – Escola Técnica Getúlio Vargas
· 1965 – Colégio Industrial Estadual Getúlio Vargas

Com a extinção do Departamento de Ensino Técnico do Governo do Estado de São Paulo, em 1971, as escolas técnicas passam para a rede de Ensino Básico da Secretaria de Educação e, em 1972, é instituída a intercomplementaridade na escola, que passa a se chamar Centro Interescolar de Ensino Técnico.

Em 1976, passa ser denominada Centro Estadual Interescolar Getúlio Vargas, e apenas em 1982, adquire a denominação de ETE "Getúlio Vargas" com a transferência para o Centro Paula Souza. Dez anos depois o Centro Paula Souza autoriza o fim da intercomplementaridade e em 1998, com a promulgação da nova LDB, ocorre a separação entre o ensino acadêmico e ensino profissionalizante dando origem ao tipo de ensino ministrado atualmente:Ensino Médio e Ensino Técnico Modular.

Em Abril de 2007 através de um decreto do Governador do Estado de São Paulo, Sr. José Serra, as Unidades de Ensino Técnico e Tecnológico do Centro Paula Souza passam a denominar-se ETECs e FATECs, passando a fazer parte de um grande programa de expansão instituido como meta do Governo do Estado de São Paulo.

Em 2008 com a realização de uma reforma na Unidade otimizando os espaços físicos que naquele momento estavam subutilizados, foi possível a construção de duas quadras poli esportivas para realização das aulas de Educação Física, tornando possível assim desativar o Centro Esportivo situado a Rua Frei João e proporcionar aos alunos do Ensino Médio o benefício de cursar em um só endereço todas as aulas evitando o deslocamento dos mesmos, fato este que acarretava inúmeros problemas.

Enfim, memória pressupõe resgate e preservação do patrimônio e da cultura, visando a formação da identidade cultural e a melhoria da qualidade de vida. Baseando-se nesse pressuposto, criou-se o Centro de Memória da Etec“Getúlio Vargas”. Consideramos que o direito à Memória é um direito de todo cidadão e implica no acesso aos bens materiais e imateriais que representam seu passado, sua tradição, sua história. É com a recuperação de sua história, incluindo a apropriação do momento presente, que se constrói a identidade cultural, o sentido dos acervos documentais organizados, banco de dados informatizados, espaço para exposição de fotos e de objetos museológicos, sala de trabalho, consulta e pesquisa de acesso público em geral, e de pesquisadores, em particular, aos seus documentos textuais, iconográficos, museológicos e de história oral. Possuímos uma sala destinada à guarda e pesquisa do material documental, referente ao período de 1911 a 1950, imagens e objetos que recebe o nome de “Espaço Aprígio Gonzaga” - homenagem ao primeiro diretor e fundador do Instituto Profissional Masculino da Capital (primeira denominação da Etec GV); arquivos correntes, com documentação da Secretaria Acadêmica e de Departamento de Pessoal, ambos em processo de reorganização e uma Sala de Higienização Documental chamada “Oficina Prof. Zancheta”.

O Centro de Memória da Etec Getúlio Vargas postula-se como um espaço para a nossa comunidade, bem como de pesquisadores de Universidades, Instituições Culturais, de Apoio à Pesquisa, de Organismos relacionados ao Trabalho, entre outros. Foi de grande importância o trabalho realizado pelo Projeto Institucional que organizou nosso Centro de Memória. Tivemos a oportunidade de resgatar e repensar a história da nossa escola desde sua fundação em 1911, até os dias de hoje. Este levantamento, que está disponibilizado à pesquisa, nos fez refletir sobre diversas e importantes questões a cerca do papel desta escola no processo de desenvolvimento da Educação Profissional no Estado de São Paulo e no Brasil. Procurar reconstruir, analisar e principalmente entender esta história é a imensa tarefa em que está colocada, em especial para aqueles que ainda permanecem no chão das oficinas e nas salas de aulas das escolas técnicas. Pensamos que atuando em nosso cotidiano, enfrentando e resistindo a todos os percalços, poderemos traçar novos caminhos, que venham atender as reais necessidades de um novo tempo e de uma nova escola.

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